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Repercussão

SOBRE BRASILIS BUSÍLIS

Xico Sá

"Como é que Homero iria narrar uma epopeia dessas?" Aqui o mau jornalismo grita. Um livro na urgência brasileira. Muito boa a escolha desse jornalista FDP, conheço alguns nas redações. Gostei demais do livro. Que porrada. Gracias, Ivan Hegen. 

SOBRE "CLARICE LISPECTOR E AS FRONTEIRAS DA LINGUAGEM"

Oscar D'Ambrosio - Doutor em Arte, Educação e Cultura:

O livro ‘Clarice Lispector e as fronteiras da linguagem: uma leitura interdisciplinar do romance Água Viva’ (Benjamim Editorial), de Ivan Hegenberg, lança novas luzes na obra com um diálogo entre a obra e as artes visuais. (...) A escrita de Clarice e as suas imagens são uma maneira de a artista manter uma relação com aquilo que se entende como real. E aí surge o maior desafio dos autênticos criadores: conseguir dialogar com o mundo com densidade sem perder as referências concretas que nos conectam com os mundos interno e externo. Ao discutir estas questões, o livro de Hegenberg merece uma leitura carinhosa e atenta.

[Para o texto completo, clique aqui]

Leda Tenório da Motta - Professora de Comunicação e Semiótica da PUC: 

É excelente. Vou indicar aos  alunos que trabalham com as relações entre a palavra e a imagem.

Dica de Leitura do Diário do Nordeste

O livro toma como ponto de partida o romance "Água viva", de Clarice Lispector, originalmente publicado em 1973, um exercício de radicalização da linguagem influenciado pelo pensamento pictórico no qual o rastro material do processo de criação e a possibilidade de uma expressão não-verbal são colocados em pauta. Discutindo o romance enquanto gênero literário, o título - assinado pelo artista e escritor Ivan Hegenberg - propõe uma comparação entre as linguagens literária e pictórica suscitada pelas constantes sugestões ao universo da pintura presentes em "Água viva".

 

 

SOBRE "A LÂMINA QUE FERE CHRONOS"

Resenha na Folha de São Paulo - Luiz Bras

A ficção multidisciplinar de Ivan Hegen, reunida até agora em quatro livros – os romances “Será” (2007) e “Puro Enquanto” (2009) e as coletâneas de contos “A Grande Incógnita” (2005) e “A Lâmina que Fere Chronos” (2013) –, é o mais próximo que temos de um acelerador de partículas de linguagem (APL). O que o autor vem realizando é a colisão em altíssima velocidade de referências literárias e extra-literárias. Chocam-se fragmentos do erudito e do pop, emaranham-se o erótico e o sagrado, a reflexão sofisticada e o escracho iconoclasta.
É certo que um APL é uma engenhoca melindrosa, difícil de ser controlada. Ivan Hegen às vezes erra o alvo e se machuca. Mas, livro após livro, está cada vez mais senhor da situação. Muitas das narrativas de “A Lâmina que Fere Chronos” atrevem-se a fundir consciências, a unir fisicamente indivíduos e tecnologias, corpo biológico e máquinas. O autor foi buscar no amplo debate sobre o pós-humano a matéria-prima para experiências incomuns na ficção brasileira. 

Entrevista para Rádio Senado com Margarida Patriota

1a parte

2a parte

SOBRE "ROCK BOOK - CONTOS DA ERA DA GUITARRA"

Folha de São Paulo - Ivan Finotti

Idealizado e organizado por Ivan Hegen, que também escreveu um dos contos, o "Rock Book" é uma mistura de vários estilos, sem um eixo óbvio que ligue os textos. "Eu não me senti à vontade para impor muitas condições, não quis limitar a criatividade de ninguém. Cada um poderia abordar o tema como quisesse", diz Hegen. Entre os autores estão o dramaturgo Mario Bortolotto, os jornalistas Xico Sá e Cadão Volpato e os escritores Glauco Mattoso e Fernando Bonassi, entre outros. Para escolher essa turma, Hegen seguiu duas diretrizes. "Fiz questão de só convidar quem tivesse alguma ligação afetiva com o rock. Reuni autores de várias gerações e todos eles, como eu, cresceram ao som de guitarras elétricas. O segundo critério foi a qualidade literária. Para mim, o rock é arte. Por isso, não queria um livro fútil", explica o organizador.

Revista Rolling Stone - José Julio do Espírito Santo

O mutualismo existente entre a literatura ocidental e o rock existiu desde a fase embrionária do gênero musical nos anos 50. É raro haver obras contemporâneas que não façam nenhuma alusão a ele. E impossível o rock não puxar algo da literatura para suas letras. Pensando nessa simbiose, Ivan Hegen juntou, para uma inédita coletânea de contos de temática roqueira, duas dezenas de autores nacionais de diferentes gerações. Entre eles, alguns que também fizeram carreira em bandas, como Alex Antunes (Akira S & as Garotas que Erraram, entre outras), Cadão Volpato (Fellini) e Danislau (Porcas Borboletas). Às vezes, o rock fica na cozinha, levando o ritmo de histórias como “Hell’s Angel”, de Marcia Denser. Em outras, aparece na frente do palco, como em “A Good Woman Is Hard to Find”, de Mário Bortolotto. As referências mudam conforme a escola, o que torna a leitura ainda mais interessante, deixando os contos como faixas de diferentes fases musicais reunidas em um disco.

Diário do Nordeste - Fábio Marques

Gênero musical que há muito tomou o mundo por assalto e renova-se a cada geração arrebatando por completo àqueles que se deixam seduzir, o rock segue provando que é mais que um mero entretenimento juvenil. Está nos trajes, no comportamento, na forma de perceber e intervir no mundo, nos relacionamentos e, é claro, na arte como um todo. Defensor dessa amplitude em que rock se desdobra, o paulista Ivan Hegen desafiou uma leva de bons escritores brasileiros à escreverem textos literários radicados neste universo. 

[Leia esta resenha na íntegra clicando aqui]

Pausa para um Café - Anna Schermak

 O organizador dessa antologia é Ivan Hegen, que vê no inconformismo com a mesmice do cotidiano o elo entre o que se costuma chamar de arte – aí incluída a literatura – e o rock. “Walt Whitman, Van Gogh e Eisenstein, cada um à sua maneira, prenunciavam a urgência e o dilaceramento que hoje encantam e atormentam músicos furiosos, escritores boêmios e artistas dos mais variados meios, que simplesmente não aceitam a apatia do rebanho”, observa. O setlist traz nomes de peso: Márcia Denser, Glauco Mattoso, André Sant’Anna, Nelson de oliveira, Luiz Roberto Guedes, Carol Zoccoli & Cláudio Bizotto, Alex Antunes, Danislau, Ivan Hegen, Toni Monti, Xico Sá, Andréa Catrópa, Abilio Godoy, Carol Bensimon, Cadão Volpato, Antonio Vicente Pietroforte, Mario Bortolotto, Sergio Fantini, Andréa Del Fuego e Fernando Bonassi. Resumo da ópera-rock: alguns dos maiores escritores de nosso tempo reunidos, e contos concebidos sob trilha sonora vibrante. (...)

[Leia na íntegra]

Antonio Eduardo Soares Laranjeira - Professor da Universidade Federal da Bahia

Resumo: Neste trabalho, pretende-se discutir acerca dos modos de subjetivação que se processam na contemporaneidade, a partir da leitura de contos da coletânea Rock book: contos da era da guitarra, publicada por Ivan Hegen. As narrativas selecionadas tem como eixo a relação entre literatura e rock ‘n’ roll, o que possibilita a sua aproximação do que Evelina Hoisel denomina, no Supercaos, discurso literário pop. A literatura pop é compreendida, a princípio, pela implosão da fronteira entre o erudito e o popular, pela apropriação de técnicas oriundas de outras linguagens (sobretudo da arte pop) e pela abordagem de um imaginário popular veiculado pelos meios de comunicação no contexto do capitalismo global. Dessa forma, levando-se em conta as conexões entre literatura e cultura pop, tem-se como objetivo compreender como as personagens representam o sujeito fragmentado da pós-modernidade, tal como o descreve Stuart Hall, em A identidade cultural na pós-modernidade. Com base na interpretação de Joel Birman acerca da concepção foucaultiana de estética da existência, a subjetividade deve ser compreendida como um devir, configurada através dos estilhaços da cultura. Pretende-se, assim, por meio de uma abordagem transdisciplinar dos estudos literários observar de que maneira os imaginários sucbulturais e pós-subculturais interferem na constituição dos sujeitos representados nas páginas da literatura pop contemporânea. 

[Acesse aqui o artigo completo]

Entrevista para Rádio UFMG

[Clique aqui]

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SOBRE "PURO ENQUANTO"

Resenha  no Guia da Folha - Caio Liudvik

A descoberta da traição, a tentativa de suicídio, o coma. Este é o ponto de partida do romance “Puro enquanto”, de Ivan Hegenberg. O protagonista é um publicitário que, até o desastre, vivia sob a autoignorância e lucrava com o sonambulismo coletivo e os pseudosonhos à venda na sociedade de consumo.
E, por ironia, é no “sono” da inconsciência, à beira da morte, que ele despertará para uma nova lucidez, deixando emergir a voz interior numa torrente de lembranças e fantasias verbais e visuais (belas ilustrações do próprio escritor, que é artista plástico de formação).
O tônus da narrativa também cresce pelo fato de Hegenberg se inspirar em seus sonhos, coletados ao longo de dez anos, o que aproxima ainda mais o leitor da linguagem estranha e familiar do inconsciente como “natureza” que, diz o demônio a certa altura, “não precisa de lógica para saber o que faz”.
Avaliação: ótimo

Yudih Rosenbaum, professora de Literatura Brasileira na USP

A prosa urbana de Hegenberg se mostra afiada, pulsante e promissora de um lugar forte na narrativa brasileira.

 

Veja também as imagens de "Puro Enquanto" na Galeria

SOBRE  "SERÁ"

Ronaldo Cagiano - escritor vencedor de Prêmio Jabuti

Tendo iniciado com o pé direito sua estréia literária com os contos de A grande incógnita, o jovem escritor paulista Ivan Hegenberg incursiona com novo fôlego no romance Será. (...) Romance repleto de surpresas e imprevistos, com nítidas influências niilistas e clariceanas, antecipa uma reflexão sobre o eterno embate do espírito contra a consciência, da vida contra a morte, do virtual contra o real, da tecnologia contra os sentimentos. Ao mesmo tempo perturbador e poético, mas que nos coloca frente a frente com nossos dilemas e faz uma competente e sensível crítica dos valores na sociedade contemporânea, na expectativa de um caminho com volta. Com este segundo livro, o autor consolida seu trabalho e apresenta-se como uma das promissoras vozes da nova ficção, demonstrando completo domínio da arte narrativa.  

[Resenha publicada no jornal Hoje em Dia. Leia na íntegra aqui.]

Romeu Martins - escritor e jornalista

(...) É como se o leitor fosse convidado a acompanhar a feitura de um quadro momento a momento: a confusão de pinceladas e raspagens aparentemente caóticas que acabam dando origem a uma pintura figurativa, ainda que expressionista. (...) Quase sempre o resultado é bastante incômodo, o que faz voltar a lembrar daquele prefácio de Wilde: "Não existe livro moral nem imoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo”. E Será, com sua narrativa sobre tédio e imutabilidade, sobre a terra seca e sem vida, sobre feridas que podem cicatrizar e outras que já apodreceram, é um livro bem escrito

[Resenha completa no Overmundo]

Cristina Lasaitis - escritora

Recortes acidentais, fragmentos de vidas ordinárias, cenas de uma distopia futurista emaranhadas numa narrativa cujo único foco são as glórias e angústias que perseguem a humanidade a todo momento, em qualquer lugar. Um romance muito intimista, delirante e profundamente psicológico. A impressão que causa é de uma Clarice Lispector escrevendo ficção científica. E tal como ela, Ivan Hegenberg alcança um nível de linguagem e expressividade muito raro mesmo no momento atual da literatura brasileira. Menção honrosa ao último capítulo impressionante e aterrador, que ao mesmo tempo consegue desencravar o desespero mais profundo e inspirar a mais alta esperança.

 

Âncora Clarice
Âncora Lâmina
Âncora Rock Book
Âncora Puro Enquanto
Âncora Será
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